sábado, 16 de julho de 2011

Immersive Cocoon – A esfera virtual futurista e imersiva


Enquanto toda a gente fala da tecnologia 3D e das suas vantagens, a empresa de design e publicidade NAU propõe uma solução alternativa, que parece querer fazer a diferença, num mercado tão competitivo.
Cocoon Immersive é o nome desta tecnologia que procura criar uma sensação de imersão, bastante diferente das telas 3D.
Ao contrário das tecnologias imersivas que usam os óculos virtuais (como a VirtuSphere por exemplo), a tecnologia Cocoon Immersive consiste em uma esfera com quatro metros de diâmetro, que integra um enorme ecrã imersivo, que cobre todo o interior da esfera (360 graus).
Entrar na esfera, será como entrar no mundo virtual, onde é possível viajar virtualmente pelo mundo de uma forma extremamente imersiva e realista. Poderemos visitar o fundo do mar e logo a seguir já estarmos a passar pelas crateras lunares.
Construída em fibra de carbono, a esfera terá câmaras de captação de movimentos, sistema de som surround, piso com sensores de movimentos e até ar condicionado.
Segundo a NAU, a esfera Cocoon Imersive poderá ser usada para fins educativos, como um escritório virtual de trabalho ou para jogar (CounterStrike por exemplo digo eu) contra outras pessoas por todo o mundo.
A empresa espera, que inicialmente o conceito seja “adotado” para uso público, em aeroportos e outras grandes superfícies.
Fique com o teaser (vídeo) da esfera Cocoon Immersive, já a seguir.




Fonte: I-Cocoon | Via: gizmag

Mapa mostra por onde passam os cabos submarinos da Internet

Embora a troca de dados entre pessoas e servidores na internet possa ocorrer por satélite e torres de rádio, o principal meio de transporte de dados na rede mundial de computadores são mesmo os cabos submarinos. São cabos de fibra óptica que passam por baixo dos oceanos e ligam países ao redor do mundo.

Já existem mapas com informações e dados que mostram onde os cabos passam, mas até o começo do mês não havia um site que contabilizava e exibia todos de uma maneira simples e que pudesse ser explorada livremente. O programador sul-africano Greg Mahlknecht resolveu criá-lo no ano passado, e no começo do mês ele recebeu uma atualização com melhorias na exibição de dados.

Usando a API do Google Maps, ele montou o Greg’s Cable Map que desde o começo do mês passou a mostrar não só as atuais ligações submarinas da internet como também os futuros cabos que serão instalados. A nova versão do site também mostra quantos cabos chegam e saem de quais cidades, qual a empresa responsável por ele, qual o seu tamanho e quanto de banda que ele fornece, dentre outros dados.
Greg diz que encontrou a maioria das informações que precisava na Wikipedia e buscando no Google.

Como a Internet chega na sua casa?

Imagine a seguinte situação: você acabou de receber aquele e-mail do seu primo que faz intercâmbio nos Estados Unidos enquanto terminava o download de um CD de um site espanhol e enviava o seu vídeo das férias para o YouTube. Algo semelhante já deve ter acontecido com você, mas já parou para pensar como tudo isso funciona? Será que algum computador da Espanha me enviou um CD pela Internet?
Nestas três atividades simples, sua conexão envolveu diversos países. Mas será que existe uma empresa que seja a dona da Internet? Estas e outras perguntas estão diretamente ligadas ao nosso dia a dia, e vamos responder algumas delas agora.

O que é a Internet?

Ao falarmos sobre Internet, geralmente lembramos que ela é “uma rede de computadores”. Podemos até dizer que sim, mas para compreender como a Internet chega na sua casa vamos imaginar que ela é uma pequena rede conectada a outras redes (maiores) de computadores. Sendo assim, não há um dono da Internet, nem uma empresa que a controle, mas sim um grupo de várias redes interligadas.
Quando conectamos um computador a outro, ou quando ligamos vários computadores uns aos outros, criamos uma rede local. Mas desta forma, os computadores só se comunicam uns com os outros, sem acesso a outros computadores fora da sua casa ou empresa, sem acesso a outros servidores, como é possível quando há acesso à Internet.
Este acesso externo ocorre quando a sua rede local se conecta a uma outra rede maior - no caso, o seu provedor de Internet - por meio da tecnologia TCP/IP, um modo de comunicação baseado no endereço de IP (Internet Protocol). Este IP é o endereço de cada um dos pontos de uma rede, e cada ponto da rede consiste em um computador que, por sua vez, se interliga a outros computadores, formando uma verdadeira “teia de redes”.
Já os sites e serviços acessados pela Internet são - de maneira simplificada - aplicativos disponíveis em servidores. E esses servidores são formados por grandes computadores conectados à rede mundial de Internet, cada um deles também identificado por um endereço de IP.

O Caminho da Internet

Agora sim, vamos entender qual o caminho que a Internet faz até chegar na sua casa. Este caminho passa por quatro passos principais, sempre identificados por um endereço de IP:
o Backbone, o provedor de acesso, o provedor de serviço e o usuário final.

O caminho que a informação percorre até chegar ao seu computador (Foto: Arte) 
O caminho que a informação percorre até chegar ao seu computador (Foto: Arte)

Backbone

Primeiramente vamos conhecer o ponto inicial de referência da Internet, o setor que interliga todos os pontos da rede: o backbone.
Backbone (Foto: Wikimedia) 
Backbone (Foto: Wikimedia)

Estes backbones são pontos das redes que compõem o núcleo das redes de Internet. São pontos-chave da Internet que distribuem pelas redes as informações baseadas na tecnologia TCP/IP. Existem poucos backbones espalhados pelo mundo, e estes são os responsáveis por distribuir o acesso mundial para a rede de Internet.

Provedor de acesso

A partir dos backbones, a Internet passa para uma nova etapa, quando o seu sinal chega aos provedores de acesso - as empresas que contratam o sinal de backbones para distribuir aos seus usuários. Os provedores de acesso são, em geral, empresas ligadas ao setor de telecomunicações, ou até mesmo as próprias companhias telefônicas, que fornecem o acesso à Internet por meio de planos acordados com seus usuários.

Provedor de serviço

Estes dados de Internet que trafegarão na rede necessitam de um meio para o seu transporte até os usuários, e são as empresas provedoras de serviço as responsáveis por este papel. Estas empresas recebem os dados do provedor de acesso e distribuem aos usuários por variados meios, seja por linha telefônica, fibra ótica ou via rádio (por tecnologia sem fio).
Estas empresas devem sempre ser regulamentadas pela Anatel e podem ser prestadores de serviço de rede, companias telefônicas e empresas de telecomunicações.

Usuário final

Este pode parecer o passo final do caminho percorrido pela Internet, mas na verdade não é. Ao chegar no usuário final o sinal de Internet passa a repetir todo o caminho novamente, porém na forma inversa, já que você, como usuário final, também envia sinais - com as suas requisições - para a Internet.
Os dados enviados pelos usuários são transportados pelo provedor de serviço, enviados para o provedor de acesso e chegam novamente ao backbone. A partir do backbone, o processo segue novamente o mesmo caminho inicial até o próximo destino, que pode ser, por exemplo, o arquivo do CD que você está querendo fazer download, lá na Espanha.
Uma forma de conectar o seu computador aos provedores de acesso é por cabos. Muitas cidades, como Londres, passam esses cabos pelos esgotos. (Foto: Divulgação) 
Uma forma de conectar o seu computador aos
provedores de acesso é por cabos. Muitas cidades,
como Londres, passam esses cabos pelos
esgotos. (Foto: Divulgação)


Ao acessar o site do CD desejado, entretanto, ninguém obviamente sabe o endereço IP completo da máquina que hospeda esses arquivos ou sites. O que conhecemos é o endereço “www”. Estes endereços de sites são baseados na tecnologia DNS, que basicamente cria atalhos entre os endereços “www” à endereços IP. Assim, não é necessário que você navegue decorando endereços do tipo "192.168.200.45" para acessar o seu site preferido. Basta conhecer o endereço “www”.
Após acessar o site, por DNS, o endereço “www” te jogará para o endereço IP onde ele está hospedado. Feito isso o site receberá o seu sinal pedindo para baixar o arquivo do CD, e este sinal será transportado pelo seu provedor de serviço para o provedor de acesso, que o levará até o backbone. Chegando no backbone contratado, o sinal deve alcançar o servidor espanhol onde estão os arquivos do CD que você quer baixar, então o backbone do seu provedor enviará um sinal para o backbone do provedor do site espanhol do CD, que fará o mesmo caminho. Ao fim, o arquivo finalmente será transferido de lá para o seu computador.
Vamos apenas lembrar que nestes processos podem existir outros servidores intermediários com seus respectivos endereços IP, já que um provedor de acesso ou um backbone pode distribuir o sinal por três servidores diferentes, por exemplo.

Outros caminhos possíveis

Agora que você já conhece o funcionamento da Internet e qual o caminho que ela faz para chegar à sua casa, há mais um detalhe importante: nem sempre funciona assim. Existem outros serviços baseados na Internet que não seguem exatamente este mesmo caminho, como por exemplo a telefonia VoIP (Voz sobre IP) e o compartilhamento de arquivos P2P (ponto à ponto).
Roteador com adaptador de VoIP para telefones convencionais (Foto: Divulgação) 
Roteador com adaptador de VoIP para telefones
convencionais (Foto: Divulgação)


Os serviços de VoIP, que possibilitam o tráfego de voz sobre a rede de Internet, permitem que você faça ligações para outros usuários do serviço e também para usuários da telefonia convencional.
Em uma ligação entre usuários de VoIP, cada usuário utilizando um computador equipado com software específico ou um aparelho telefônico especial se conecta ao provedor VoIP que intermedia a comunicação. Já em uma ligação entre um usuário de VoIP com um telefone convencional, celular ou fixo, o usuário VoIP se conecta ao provedor VoIP que efetua uma ligação para o telefone convencional desejado.
Já no compartilhamento de arquivos P2P, os usuários compartilham arquivos de forma ponto à ponto - ou seja: cada usuário decide compartilhar alguns dos seus arquivos com uma determinada rede P2P (Kazaa, Emule, Ares, BitTorrent, etc). Com isso, estes arquivos ficam disponíveis para todos usuários que utilizam o software pertencente à rede de P2P.
Agora que você já sabe como funcionam os caminhos trilhados pela Internet e outros serviços para chegar até a sua casa, ficou mais fácil navegar pela rede?

fonte:  http://www.techtudo.com.br/curiosidades/noticia/2011/07/como-internet-chega-na-sua-casa.html

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Software simples para inverter URL 1.1 (Reverse) (Anti) protetor de links

Olá

No meu ultimo post, coloquei a disposição um software simples para inverter links de servidores tais como megaupload, easyshare etc, porém achei "thanks Ømegahead" um código interessante no site www.inverterlink.com.br e resolvi dar uma limpada no visual e criar uma versao desktop, esse software pode inverter os endereços "links, URL" de trás pra frente, na base de 64, hexadecimal, etc.

Confiram:


Download: reverse1.1.zip (438.37 KB)


Valeu!

domingo, 30 de janeiro de 2011

O mundo em que vivemos...

Vivemos em um mundo onde a liberdade é um direito,
mas muitos não a possuem.
Onde a paz é um desejo,
e a guerra uma necessidade prazerosa.
Onde a vida não é aproveitada,
por causa do temor à morte.
Onde sinceridade, muitas vezes torna-se indelicadeza, 
e a falsidade é uma atividade do nosso cotidiano.
Onde a inteligência humana salva vidas,
e a ganância tira várias.
Será que os fins justificam os meios?
Não! Os meios devem ser justificados,
mas com sabedoria e bom senso.
Um mundo onde um bandido com paletó é respeitado, 
entretanto um mendigo honesto é queimado, 
enquanto descansa de um dia de sofrimentos.
Onde os criminosos têm regalias, ou estão soltos, 
e as famílias são obrigadas a se trancafiarem nas suas próprias casas.
Abrangendo a frase de um poeta que interrogava:
"Que país é este?", pergunto-me:
Que mundo é este? Onde a única certeza,
é em relação a sua forma.
Um mundo onde tudo se faz por dinheiro,
e quem não segue as normas é "deixado para trás".
Onde todos devem ser doutores,
por vontade ou pressão.
O que será das outras profissões?
Onde o ilícito é muitas vezes confundido com o lícito, 
e as atitudes lícitas tornam-se cada vez mais raras.
Um mundo que cria máquinas de última geração, 
mas não consegue achar uma solução para a poluição.
Um mundo que sem saber, ou até mesmo sabendo, 
destrói a si mesmo, em prol do lucro.
Mas "para não dizer que não falei de flores".
Vivemos em um mundo onde muitas pessoas fazem o bem, 
sem o interesse de receber nada em troca.
Onde "o homem é o lobo que devora o próprio homem", 
mas frequentemente é o "São Bernardo" que o resgata do perigo.
Onde alguns pais matam os filhos, 
e outros dão a vida pelos mesmos.
Onde a criança vive inocentemente e vive em uma utopia encantadora.
É neste lugar misterioso e fascinante que vivemos, 
onde uma semente chamada esperança, 
é plantada junto com cada feto.
E o desejo de um futuro melhor é comum a todos.


Fonte: http://www.pucrs.br/mj/cronica-69.php

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Marie Digby canta cover de Linkin Park

Estava fuçando no youtube e achei uma "japinha" cantando cover de Linkin Park - "What I've Done" achei por acaso...

Confiram:


Ela ja lançou alguns albuns com musicas próprias...

Conheça o Qwiki a wikipédia do futuro!

Prometendo ser o futuro da maneira como nós consumimos informação, o Qwiki foi a startup vencedora do Techcrunch Disrupt, que aconteceu na semana passada em San Francisco.


 
Para explicar do que se trata, na primeira demonstração pública da ferramenta, eles utilizaram uma cena de “Wall-E” em que o capitão da nave “conversa” com o computador de bordo para descobrir sobre o planeta Terra. Ele pede: “defina Terra” ou “defina dança”, por exemplo, e a máquina mostra um vídeo-enciclopédico contando sobre cada tópico.
Simplistamente falando, é isso que o Qwiki propõe. Você pede por uma informação, e ela é construída em tempo real através de um vídeo interativo. Seja um tema, pessoa ou lugar, o Qwiki “conta” ela pra você em qualquer plataforma.
Algo que o CEO da empresa, Doug Imbruce, frisa, é que a informação é feita na hora, por máquinas, e não por pessoas. Não é um vídeo pré-produzido e armazenado em algum lugar sobre o que você está pesquisando.
O site ainda não foi lançado – apenas para cadastro dos interessados na versão alpha – mas vale ver a demonstração abaixo. O Qwiki já levantou 1.7 milhão de dólares em investimento.

Confira: http://www.qwiki.com/

Usando Kinect no Windows Seven

Olhem que video interessante achei no youtube, no video o cara consegue fazer movimentos e controlar o PC lembra um pouco aquele filme do Steven Spielberg... Minority Report.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Como Podemos Pensar ("As We May Think") - Vannevar Bush

Que benefícios permanentes a ciência e a tecnologia têm trazido para o ser humano?
A ciência e a tecnologia, em primeiro lugar, aumentaram o controle do ser humano sobre o seu meio ambiente material, ajudaram-no a melhorar seu alimento, sua vestimenta, seu abrigo, e deram-lhe mais segurança. Tudo isso permitiu que ele vivesse acima do nível da mera subsistência.
Mas, em segundo lugar, a ciência e a tecnologia também possibilitaram ao ser humano maior conhecimento dos processos biológicos que se passam em seu próprio corpo, permitindo que ele, progressivamente, se tornasse mais livre de doenças e, assim, aumentasse a duração de sua vida. Além disso, elas iluminaram as interações existentes entre suas funções fisiológicas e psicológicas, dando-lhe promessa de melhor saúde mental.
Em terceiro lugar, a ciência e a tecnologia contribuiram para que melhorasse a comunicação entre os indivíduos, ajudando o ser humano a registrar suas idéias, capacitando-o a manipular esse registro de idéias e a construir em cima da experiência legada pelos seus antepassados. Desse modo, o conhecimento humano pôde não só evoluir, mas também perdurar, tornando-se valioso não só para os indivíduos que o geraram mas para toda a raça humana.
O conhecimento humano vem crescendo assustadoramente e vem se tornando cada vez mais especializado. À medida que o conhecimento cresce e a especialização se estende, mais complicado se torna o nosso acesso a esse monumental acervo. O investigador fica perplexo quando tem que lidar com o produto da pesquisa de milhares de colegas -- não tendo tempo para ler, muito menos para analisar e memorizar, tudo o que é publicado, mesmo em sua área de especialização. A especialização talvez seja a única maneira de fazer o conhecimento progredir. Mas os esforços de construir pontes entre as várias disciplinas especializadas ainda é incipiente e artificial.
Profissionalmente, nossos métodos de transmitir e analisar os resultados da pesquisa são antiquados e totalmente inadequados aos propósitos para os quais os empregamos. Se o tempo total usado para escrever trabalhos de pesquisa e para lê-los pudesse ser avaliado, a razão entre o tempo dedicado a uma e a outra coisa iria surpreender. Aqueles que conscientemente tentam se manter em dia, através de leitura atenta e contínua, com o pensamento corrente, mesmo em campos muito restritos, hesitariam em se submeter a um teste que verificasse quanto do conteúdo lido poderia ser reproduzido, se ou quando necessário. As leis da genética de Mendel ficaram perdidas por uma geração porque sua publicação não alcançou os que seriam capazes de entendê-las e de estendê-las. Esse tipo de catástrofe indubitavelmente acontece também hoje, e realizações verdadeiramente significativas se perdem, ficando enterradas em uma montanha de informações sem maior conseqüência.
A dificuldade parece ser, não tanto que publicamos mais do que deveríamos, dada a extensão e a variedade de nossos interesses atuais, mas, sim, que as publicações se estenderam muito além de nossa capacidade atual de fazer real uso delas. O registro das idéias humanas expandiu-se prodigiosamente -- e, entretanto, os meios de que nos valemos para tentar encontrar algo de importante nesse labirinto de idéias são os mesmos que utilizávamos quando havia muito menos coisa para pesquisar.
Um registro de idéias, para ser útil, deve ser cuidadosamente abastecido, continuamente estendido, e, acima de tudo, freqüentemente consultado. Hoje fazemos o registro escrevendo, fotografando, gravando. O que escrevemos, fotografamos e gravamos é guardado em papel, em filme, em disco. Mesmo que meios mais revolucionários de armazenamento não apareçam, os atuais serão aperfeiçoados e expandidos. E os meios de tranmissão do conhecimento também se ampliarão e se tornarão mais eficazes.

[Dadas as taxas de miniaturização e compressão que vêm sendo desenvolvidas, é concebível que, em pouco tempo,] a Encyclopaedia Britannica possa ter o seu tamanho reduzido ao de uma caixa de fósforos e que uma biblioteca de um milhão de volumes possa ser acomodada em cima de uma escrivaninha. Se tudo o que a raça humana produziu até hoje, desde que foi inventada a imprensa, na forma de livros, revistas, folhetos, etc., corresponder a, digamos, um bilhão de livros, todos eles, reunidos e comprimidos, poderão vir a ser transportados em um caminhão fechado.
Mas meramente comprimir não é bastante. Além de registrar e armazenar, é preciso, principalmente, consultar. Mesmo as bibliotecas de hoje não são suficientemente consultadas: apenas uns poucos fazem uso real do que nelas se encontra. Sobre isso falarei mais adiante. Aqui se registre o fato de que, embora não seja suficiente, a compressão é importante. Quando a Britannica for comprimida e passar a ter o tamanho de uma caixa de fósforos, imprimi-la custará poucos centavos e enviá-la pelo correio menos ainda. O custo de imprimir e distribuir um milhão de cópias da Britannica será pequeno.
Quanto ao processo de registrar as idéias, hoje usamos lápis ou máquinas de escrever. O que escrevemos é, em seguida, submetido a laborioso processo de edição e correção, seguido de processo complicado de composição, impressão e distribuição. Considerando apenas o primeiro estágio desse processo (transcrição), chegará o dia em que os autores deixarão de escrever a mão ou a máquina e apenas usarão sua voz, encarregando-se a tecnologia de transformar a voz em texto que poderá ser acrescentado ao registro de idéias.

Mas chega de discutir maneiras de inserir idéias no registro. Mesmo em suas dimensões atuais, mal conseguimos consultá-lo, imagine-se se for grandemente ampliado. Vamos discutir o processo de consulta do registro. Essa é uma questão muito mais ampla do que a mera extração de informações para fins de pesquisa científica, pois envolve todo o processo através do qual o ser humano se benefícia da herança que consiste do conhecimento adquirido pelas gerações anteriores. A ação principal nesse processo de consulta é a seleção do material -- e aqui estamos engatinhando. Pode haver milhões de idéias brilhantes no registro das idéias humanas e das experiências em que se baseiam essas idéias. Mas se só conseguirmos encontrar uma dessas idéias por semana, nossa capacidade de absorvê-las e sintetizá-las não acompanhará sequer o ritmo em que novas idéias são produzidas.
Já tem havido algum progresso. Usando cartões perfurados, uma máquina pode hoje selecionar, em pouco tempo, todos os empregados de uma empresa que falam espanhol e moram em Trenton. Mas esse processo é muito lento. Além do mais, a forma de seleção é simples: ela se dá comparando cada um dos itens com uma lista de características especificadas. Há outras formas de seleção que são mais aperfeiçoadas. Uma delas pode ser vista no processo de comutação telefônica automática. Você disca um número e a máquina seleciona apenas uma dentre cerca de um milhão de estações para fazer a conexão. Não precisa contatar todas. Ela leva em consideração, de início, apenas o primeiro dígito, depois uma subclasse desse dígito definida pelo segundo dígito, e assim por diante. Dessa forma, o processo é completado rapidamente e quase sempre sem erro.
Hoje usamos cartões perfurados para armazenar a informação. Mas poderemos vir a utilizar pequenos cartões de aço nos quais são impressas marcas magnéticas. Ou poderemos vir a usar meios de armazenamento óticos. Com esses novos meios poderemos armazenar muito mais informações e eles permitirão que elas sejam recuperadas muito mais rapidamente, até mesmo através de instruções faladas em um microfone.
Mas a maior dificuldade na seleção de materiais não está tanto no fato de que os meios de armazenamento são lentos ou no fato de que as bibliotecas demoram em utilizá-los. Nossa principal dificuldade em encontrar as informações de que precisamos estão relacionadas à superficialidade dos sistemas de indexação adotados. A informação é normalmente indexada ou em ordem alfabética ou em ordem numérica.
Mas a mente humana não funciona dessa forma. Ela não opera por ordenamento alfabético ou numérico. Ela opera por associação. Quando ela apreende um item, ela salta imediatamente para o próximo que lhe é sugerido por associação de idéias, em função de algum processo complexo de elaboração de "trilhas" que é executado pelo seu cérebro. Esse processo de associação, porém, tem alguns aspectos negativos: as trilhas se apagam, os itens e as associações que produzem não são permanentes, a memória é transitória. Contudo, a velocidade da ação, a complexidade das trilhas que nos levam de uma idéia a outra, o nível de detalhe das imagens mentais, tudo isso é mais assombroso do que qualquer outro fenômeno que a natureza possa nos oferecer.
O ser humano não será capaz de duplicar esse processo artificialmente, mas ele certamente é capaz de aprender com ele -- e, em pequenos aspectos, até mesmo de aperfeiçoá-lo. A primeira coisa a chamar a atenção no processo é a forma de seleção. A seleção de idéias por associação, em vez de por ordenamento alfabético ou numérico, pode ainda vir a ser automatizada. Mas dificilmente será possível igualar a velocidade com que a mente humana faz associações, estabelecendo trilhas entre idéias. Entretanto, certamente será possível ultrapassar a mente humana em relação à permanência e a clareza dos itens recuperados do registro de idéias.
Consideremos um dispositivo futuro para uso individual, que é um misto de arquivo e biblioteca -- pessoal e privado. Esse dispositivo precisa de um nome: vamos chamá-lo de "memex". Um memex será um dispositivo em que o indivíduo armazenará seus livros, seus registros, suas anotações, suas comunicações. O dispositivo será mecanizado de modo a poder ser consultado com extrema velocidade e flexibilidade. Digamos que seja um suplemento íntimo à nossa memória: uma grande expansão da memória pessoal.
Um memex será, basicamente, uma escrivaninha -- embora, presumivelmente, possa ser operado a distância. Em cima da escrivaninha haverá uma tela inclinada, em que vários materiais poderão ser exibidos ("projetados") para leitura conveniente. Na frente da tela haverá um teclado e conjuntos de botões e manivelas. O dispositivo terá capacidade de armazenamento virtualmente ilimitada (digamos que, se o indivíduo introduzisse nele 5.000 páginas por dia, ainda assim levaria anos para enchê-lo). Dados os materiais usados para armazenamento e as técnicas de compressão, o espaço devotado a armazenamento não precisará ser grande. Além da tela, do teclado e do espaço para armazenamento, o memex terá mecanismos para recuperar informações.
O conteúdo informacional do memex será, em sua maior parte, comprado pronto: livros de todos os tipos, fotografias, periódicos, jornais, etc. Eles serão adquiridos em microfilme e inseridos no dispositivo. A correspondência será filmada e colocada lá. E o indivíduo poderá inserir materiais diretamente, usando o teclado ou usando uma espécie de lousa onde ele escreverá a mão. Qualquer coisa escrita nessa lousa, ou colocada sobre ela (como uma foto ou um memorando), será fotografada e armazenada no quadro seguinte do microfilme virgem do memex.
Haverá, naturalmente, formas de consultar o material inserido no memex usando técnicas convencionais de indexação. Se o indivíduo quiser consultar um livro específico, bastará digitar seu título e a página de rosto do livro será exibida na tela. Materiais freqüentemente utilizados poderão receber códigos mnemônicos, de modo que o simples apertar de uma tecla trará o material desejado para a tela. Além disso, as manivelas poderão ser usadas para passar os olhos rapidamente pelo material -- digamos, por um livro -- para frente e para trás. Um botão levará o leitor imediatamente para a primeira página, outro botão, para a última. Qualquer livro da coleção poderá, assim, ser consultado muito mais facilmente do que acontece em uma biblioteca. Na tela poderão ser sobrepostas várias imagens. Pelo teclado, ou usando algum tipo especial de caneta, o indivíduo poderá acrescentar anotações e comentários nas margens do texto lido.

Até aqui, o sistema descrito é relativamente convencional. Contudo, ele deverá permitir o estabelecimento de índices associativos, cuja idéia básica é fazer com que um item selecione, imediata e automaticamente, um outro, com o qual foi associado. Esta será a característica essencial do memex. Esse processo de ligar um item ao outro é o que será importante.
Quando o indivíduo desejar construir uma associação, ele dará um nome à trilha de associações e registrará esse nome em um livro de códigos e, usando o teclado, no próprio memex. O indivíduo trará para a tela os itens que quer interligar e, usando um indicador voltado para um de vários espaços em branco em sua parte inferior, os interligará. Em cada um dos itens interligados aparecerá, no que era um espaço em branco, o nome dado à trilha de associações. O memex se encarregará de manter a ligação dos itens associados, mesmo que eles estejam armazenados em locais completamente diferentes dentro do dispositivo. Assim sendo, cada vez que o indivíduo visualizar um dos itens, saberá, pelos nomes colocados na parte inferior, que há outros itens associados àquele, e será capaz de imediatamente recuperá-los, apertando um botão. Se houver muitos itens associados, o indivíduo poderá indicar que quer consultá-los usando as manivelas, como se eles estivessem dispostos de maneira seqüencial e formassem um novo livro. Contudo, continuará a existir apenas uma cópia de cada item e um mesmo item poderá fazer parte de várias trilhas associativas.

Digamos que o dono do memex esteja interessado em arcos e flechas. Imaginemos que ele esteja estudando porque os arcos turcos eram superiores aos arcos ingleses durante as Cruzadas. Ele procura em uma enciclopédia e acha uma breve referência pertinente, que deixa exibida na tela. Em um livro, acha outra referência, que é associada à anterior e também deixada na tela. Outros materiais são acrescentados, formando uma trilha de associações. Eventualmente ele introduz comentários próprios, que ficam arquivados, associados ao material já assinalado. Quando ele descobre que a principal diferença entre os dois tipos de arco tinha que ver com sua elasticidade, passa a procurar informações sobre a elasticidade de materiais. Novamente ele introduz comentários seus. Dessa forma, todo o material fica fazendo parte da mesma trilha e todo o caminho percorrido, ou o processo utilizado para elaborar a trilha, fica traçado.
E a trilha não se apaga. Anos mais tarde, em uma discussão com amigos sobre como invenções mais criativas às vezes são deixadas de lado em função do fato de que o ser humano resiste a inovações, ele se lembra do caso dos arcos turcos. Com o teclado, os botões e as manivelas ele rapidamente localiza todo o material que havia levantado na ocasião anterior, inclusive com seus comentários. Como o material é pertinente à discussão, ele aperta um botão que reproduz os itens associados, através de processo fotográfico, e dá a cada um de seus amigos uma cópia da trilha, para que eles possam introduzir o material em seus próprios memexes, se assim o desejarem, fazendo, assim, com que trilhas pessoais sejam interligadas em trilhas mais amplas e gerais.
Desse modo, novas enciclopédias aparecerão, cheias de trilhas prontas, produto do trabalho de muitos indivíduos. As trilhas contidas no memex de um experiente advogado, que interligam casos análogos e os associam a legislação e a jurisprudência pertinentes, bem como a acórdãos e julgados, poderão ser compartilhadas com colegas mais jovens fazendo com que a experiência daqueles beneficie a estes, menos experientes. O médico, perplexo diante de um caso inédito, poderá encontrar, nas trilhas de outros colegas, pistas importantes. O historiador ... E assim por diante. A herança que os mestres transmitirão aos discípulos não será mais apenas o produto de suas conclusões maduras, mas todo o processo utilizado para chegar a elas, todo o andaime usado na construção do edifício final.

Desta maneira, seremos capazes de implementar e distribuir, para uso geral, as formas em que o ser humano produz, armazena e utiliza o conhecimento. Presumivelmente, o espírito dos indivíduos será elevado, se eles puderem rever melhor seu passado sombrio e analisar mais completa e objetivamente seus problemas presentes. O ser humano construiu uma civilização tão complexa que ele hoje precisa mecanizar o registro de suas idéias e suas experiências para poder levar o seu experimento às suas conclusões lógicas, sem ficar preso no meio do caminho por sua limitada capacidade de memória. Suas aventuras no mundo das idéias serão muito mais prazerosas e frutíferas se ele puder livremente se esquecer das muitas coisas de que não necessita no momento, certo de que poderá ter acesso a elas, se isso se tornar necessário.

As aplicações da ciência e da tecnologia ajudaram o ser humano a fazer desta terra uma casa bem abastecida, e o estão ajudando a viver nela de maneira sadia. Mas essas aplicações também lhe permitiram jogar multidões de pessoas umas contra as outras, com armas cruéis nas mãos. Apesar disso, a mesma ciência e tecnologia podem, ainda, ajudar o ser humano a dominar o grande registro de suas idéias e a crescer em sabedoria usando a experiência da raça humana. Talvez ele pereça em conflito, antes que consiga aprender a usar essa experiência acumulada para o seu próprio bem. Mas seria uma infelicidade extrema que o processo terminasse assim -- ou que hoje perdêssemos a esperança de que ele possa evoluir de maneira diferente.
* Este artigo foi publicado em The Atlantic Review, em julho de 1945. A tradução não é do artigo completo, mas apenas de partes selecionadas, e foi realizada por Eduardo O. C. Chaves, com base no texto reimpresso em Steve Lambert e Suzanne Ropiequet, orgs., CD-ROM: The New Papyrus -- The Current and Future State of the Art (Microsoft Press, Redmond, 1986). Vannevar Bush foi um pioneiro em projeto de computadores que também se distinguiu como engenheiro, administrador e funcionário público. Em 1941 tornou-se, por nomeação do presidente F. D. Roosevelt, o primeiro diretor do Office of Scientific Research and Development do governo americano, órgão responsável pela coordenação de pesquisas realizadas para o Departamento de Defesa dos Estados Unidos por universidades e institutos de pesquisa.
Posteriormente à colocação deste artigo aqui encontrei na Internet um site dedicado a este artigo e a Vannevar Bush, no endereço http://www.isg.sfu.ca/~duchier/misc/vbush/.

Fonte: http://www.chaves.com.br/TEXTALIA/BUSH/aswemay.htm